segunda-feira, 11 de julho de 2011

XXVIII - Que delícia o espírito carioca!




                Vendedor passando, feliz, pela areia de Copacabana saudando a beleza do dia (seu ganha-pão), pedindo a todos um sorriso e cantarolando a música de Roberto Carlos:
“Eu tenho tanto pra lhe falar,
mas com palavras não sei dizer
como é grande o meu amor por você...”

E a minha terrinha está linda!

     Minha neta de sete anos e eu em um ônibus no Rio:
                - Clarinha, você já andou de ônibus?
                - Já. No do aeroporto.
    - Aquele que leva os passageiros da sala de embarque ao avião?
    - É.
    - Ah! Então, eu lhe proporcionei uma primeira vez, porque aquele lá não conta!
    - Andei também no da Disney...

     Esqueci de lhe contar que Primeira Vez é o nome de uma fada com quem, como contava o meu tio Pio, “os poetas vivem conversando, pois tudo vêem como se fosse pela primeira vez. Olham para o céu, como quando, no berço, olharam. Vivem suas ruas de sempre, como um turista as passearia. Por isso vibram e cantam.”     
  Vindo de um almoço com o irmão mais velho, influenciada por ele, liguei a televisão para ver o final do jogo de futebol feminino e, empolgada com a qualidade do jogo, telefonei para uma de minhas cunhadas, animando-a a assisti-lo também. 
 Não costumo assistir televisão e muito menos futebol, mas o feminino está dando um banho no masculino. Para começar, quando as jogadoras caem, não ficam fazendo cera. Levantam rapidinho e saem correndo, dando seu show de maestria e, elas não mereciam ter perdido esse jogo na diferença de um pênalti... Em todo o caso, foi um belo jogo e minha cunhada escapou de ser considerada "olho frio", porque não pôde, ou não quis, assisti-lo. 

Voltando para Brasília

     Em casa, para tirar as crianças dos joguinhos eletrônicos, lembrei-lhes da hora da leitura.
Clara disse que já estava lendo seus e-mails. Eu mesma lhe mandara um...
- Vó, se ela está lendo e-mails, disse o Miguel, vou ler um filme legendado!
E contou, rindo, que, em outra hora de leitura, ele havia dito à mãe que leria Amanhã, ao que sua mãe retrucara: Hoje!
- Amanhã é o título do livro...

0 comentários:

Postar um comentário

Seu comentário aguardará moderação