Entre o que vejo e o que digo,
entre o que digo e o que calo,
entre o que calo e o que sonho,
entre o que sonho e o que esqueço,
a poesia
vai e vem
entre o que é
e o que não é.
Tece reflexos
e os destece.
A poesia
semeia olhos na página,
semeia palavras nos olhos.
Os olhos falam,
as palavras olham,
os olhares pensam.
Ouvir
os pensamentos,
ver
o que dizemos,
tocar
o corpo da idéia.
Os olhos
se fecham,
as palavras se abrem.
Octavio Paz
entre o que digo e o que calo,
entre o que calo e o que sonho,
entre o que sonho e o que esqueço,
a poesia
vai e vem
entre o que é
e o que não é.
Tece reflexos
e os destece.
A poesia
semeia olhos na página,
semeia palavras nos olhos.
Os olhos falam,
as palavras olham,
os olhares pensam.
Ouvir
os pensamentos,
ver
o que dizemos,
tocar
o corpo da idéia.
Os olhos
se fecham,
as palavras se abrem.
Octavio Paz
As palavras se abrem e nem sempre cabem na palma do coração!
ResponderExcluirBelos versos!
Sem dúvida, mas são versos que poderiam sair de sua pena. Como te disse, essa poesia está bem no seu estilo, mas, pelo que conheço de Octávio Paz, acho que você ainda o supera.
ResponderExcluirAdorei seu comentário!