A pressa de acordar para viver um novo dia me leva a dormir, mal o dia finda ou a noite começa, mas como fechar os olhos,se ainda não havia terminado de ler seu livro? À uma hora da manhã estava eu imersa na crônica "Espelho”, não examinando rugas, porém, matutando que, sem ter passado em um concurso, sequer saído de casa ou ganho a loteria (ou ganhei?), inesperadamente ficara mais rica.
O final do livro levou-me a reacomodar minha bagagem interior:
Com muito respeito afastei Saramago para o canto e apertei um pouco Ítalo Calvino; com cuidado enrolei Victor Hugo; com delicadeza comprimi Rosa Montero, Maturana e Chico Buarque; com amor superpus Pio e Luiz Ottoni e muitos outros e outras; dobrei experiências, aprendizados e alegrias; tirei melancolias, medos, mágoas e passei para uma mala de mão a música que me oxigena.
Tudo isso para abrir espaço para algo de peso que não pode ficar de fora: você, que foi convidada a vir me visitar e que me presenteou com seus livros, e a quem ofereci chá e pão de queijo, cuja receita aqui segue:
Pão de queijo
Ferva três copos de leite com uma xícara de óleo e escalde um quilo de polvilho doce.
Depois de frio, acrescente três copos de Queijo de Minas curado e ralado e oito ovos para dar ponto na massa resultante.
Faça pequenas bolas e asse ou congele.
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