A coluna de Merval Pereira de "O
Globo" de ante-ontem destacou que:
"...
a filósofa Marilene Chauí, uma das intelectuais do petismo, disse com todas as
letras em evento comemorativo dos 10 anos do PT no poder:
"A
classe média é o atraso de vida, é a estupidez. É o que tem de reacionário,
conservador, ignorante, petulante, arrogante, terrorista..."
Só isso, Sra. Palestrante?
Ela estava se olhando no espelho e se
retratando, em vez de olhar para a estupenda classe média que está aí nas
ruas corajosa, lutando por um Brasil melhor e clamando por um basta na
corrupção; na roubalheira; no mau uso do dinheiro público e na impunidade,
além de exigir a saída de Renan Calheiros, o repúdio à PEC 37; a melhoria da
educação, da segurança, da saúde (Ronaldo, sem saúde ninguém vai a
lugar nenhum, muito menos assiste a jogos).
Parte do vandalismo, já se sabe (pela
publicação da "Veja" Edição histórica de junho"), foi
encomendado por um grupo de petistas, que desembolsou 30.000 reais pela farsa. O
motorista do caminhão, que levou os pneus para serem queimados em frente
ao estádio, confessou que recebeu 250,00 reais. Seria a bolsa-vandalismo?
E é
a classe média, segundo Chauí, que é terrorista...
Disse também essa senhora, na frente
do Lula (não sei se para puxar o saco), que ela odeia a classe média!
Que
os judeus odeiem os alemães ou que odiemos um político que desiludiu um povo
inteiro, que mentiu, roubou e acobertou criminosos como ele, é completamente
compreensível. Mas odiar generalizadamente milhares de pessoas que ela nem
conhece, cujas lutas, esforços e qualidades ela desconhece! Nem os japoneses
odeiam assim os americanos...
No desdobramento de sua palestra, Chauí foi
mais adiante: "A classe média é uma abominação política, porque ela é
fascista, uma abominação ética, porque ela é violenta, e uma
abominação cognitiva, porque é ignorante."
Coitado do povo, que o governo faz questão
de manter na ignorância, agora virou uma "abominação cognitiva"...
E a que categoria de classe pertence
M.Chauí? Uma filósofa conhecida não pode ser da classe C. É improvável
que quem passe fome e precise trocar seu voto por bolsas-esmolas consiga
se formar em filosofia e ainda adquirir alguma notoriedade.
À classe média tampouco a petista
pertence, visto ter vociferado contra ela e a caluniado.
Classe alta, com toda essa grosseria? Pouquíssima
probabilidade.
Deve
pairar em uma nova classe, ainda não muito conhecida e, para usar seu
vocabulário, certamente abominável, por estar a léguas de qualquer ternura
("Hay que endurecerse pero sin perder la ternura jamás").
"Eu odeio a classe média."
"Eu odeio a classe média."
Essas palavras foram cuspidas para uma
plateia justamente de classe média, pois os trabalhadores não podem se dar ao
luxo de faltar ao trabalho para assistir a uma palestra. Nem é o seu perfil.
A classe alta, sem contar com os
novos milionários oriundos do governo, feitos da noite para o dia, agrega
muitas pessoas que estudaram e labutaram muito para lá chegar, mas provavelmente
ninguém dessa classe iria marcar presença em uma sala onde falaria um membro do
PT.
Portanto, por exclusão, foi a classe média
que recebeu no rosto uma declaração de ódio e reagiu boçalmente, rindo e
aplaudindo!?
Estava
me esquecendo de que muitos trabalhadores, satisfeitos com tanta bolsa-esmola,
não trabalham mais e, quem sabe, não teriam sido levados de caminhão para a
claque?
Tem gente que odeia pobre (já ouvi isso até
da boca de uma faxineira, sendo ela mesmo o sujeito do verbo).
Tem gente que odeia o esnobismo e a
demonstração de riqueza, muitíssimas vezes acumulada, no Brasil de hoje,
desonestamente.Tem gente que odeia jiló.
Mas odiar o meio termo?
No entanto, ela odeia. Como consegue suportar tamanha carga de ódio?
Excelente! Um artigo digno de editorial. Sabe que gente como a Chauí me dá um medo imenso? Se a ditadura de esquerda, imoral e dissimulada, vier mesmo (mais), uma mulher dessas nos tira empregos, casas, paz. Credo! Gostei demais.
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