quarta-feira, 21 de março de 2012


                                Sol e mar

     Levadas por nossa “locomotiva” carioca, a cunhada Arli, fomos ao Instituto Moreira Salles, para a exposição Tutto Fellini, aliás, bem interessante. Tendo um tempinho até o início da sessão em que veríamos La Dolce Vita, fomos ao bar, onde repartimos uma mesa com um simpático casal e sua filha.
        Depois de o filme começado, vejo que alguém quer entrar na nossa fila, mas não, a intenção era apenas entregar uma carteira esquecida na mesa do bar e achada por sua filhinha de oito anos...
        Sorte da Quérida, pois nos achar dentro do cinema escuro só foi tarefa fácil, porque eu havia escolhido os três assentos da ponta, em frente à porta da entrada.
        Chegando em casa, Quérida deu pela falta de um dos cartões e passa a noite toda  procurando-o, revirando bolsa, carteira e malas.
        De manhã, apiedo-me dela e digo-lhe para ficar dormindo, que eu faria o café e iria à praia sozinha. 
     – Achou o cartão?
     – Estava colado no outro...
        Sabia! Como o celular, ele se tornara invisível por uns tempos, característica dos pertences de certa faixa etária.
        Estirada e relaxada na areia, me deliciando com o barulho do mar, de repente tenho um sobressalto: a água no fogão! ? Quérida, pelo celular, me tranqüiliza. Não há nada ligado. E assim vamos sofrendo à toa, hoje foi isso, ontem o carro que não sabia se havia sido devidamente trancado, e que nunca fora deixado destrancado, amanhã o que é que acontecerá para pagarmos por tanto diversão e risadas?
        A sensação gostosa do sol em minha pele e o deleite produzido pelo ruído das ondas se quebrando são interrompidos novamente por um telefonema da Tim, me propondo troca de operadora.  
        Não troco de celular, de empregada e nem de marido, vou agora me dar ao trabalho de mudar de operadora? E sob esse céu imensamente azul? Era só o que me faltava!
       Um absurdo desse só é igualado ao que me disse meu irmão, enquanto desmontávamos o apartamento de minha mãe: 
     - Jogue fora esses livros.
     - Um dicionário de inglês e outro de português... Tá doido? É mais fácil eu aceitar a proposta da Tim.


         Fomos a Friburgo e, na hora de voltar, Quérida com sua mania de perder a carteira começa a procurá-la. Após revirar novamente "n" vezes bolsa, mala e a casa; liga para o motorista do táxi (que havia nos dado o seu cartão); indaga na padaria, onde havíamos tomado um lanche e telefona para os "Achados e Perdidos" da Rodoviária. Mas, a carteira deve ter vindo na frente e pego o ônibus anterior, pois a encontramos bem descansada na gaveta do apartamento do Rio...
     Nos próximos programas, a primeira providência será confiscarmos sua carteira.
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2 comentários:

  1. Tranquilizo-a minha querida, pois eu e meu filho Giovanni de apenas 17 anos somos célebres por esquecer / perder tudo: de celular, documentos e chaves de casa...um verdadeiro suplício!!!! Que isto sirva de consolo para você e Regina!
    Beijos, Nathalia

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    1. Realmente serve, Nathália, obrigada,e para seu consolo, meus netos também são esquecidos, sem falar (ou falando) na minha filha que sempre volta, segundos depois de ter saído, para pegar sabe-se lá o quê.
      Beijo.

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