domingo, 13 de fevereiro de 2011

Sétimo capítulo de "Beijos na alma"

O tempo é muito volúvel. Vive mudando de dia e hoje já é outro o que me envolve,o que me olha e me surpreende: não é a primeira parada de ônibus que vejo com os vidros quebrados. Acho que para educar o povo, vidros despedaçados por vândalos deveriam ser repostos por palha, pois o dinheiro do contribuinte não é capim.
Continuando em minha caminhada penso que, devemos agradecer a Deus o simples fato de não nos ter acontecido nenhuma desgraça e, quando abro o computador, vendo a resposta poética de minha irmã, agradeço novamente.
Havia-lhe transcrito a seguinte frase do Mia Couto: “O segredo é demorar o sofrimento, cozinhá-lo a lentíssimo fogo, até que ele se espalhe, diluto, no infinito do tempo.”
E ela me responde que com relação a sofrimento, ela e Couto miam com a mesma des-intensidade, desde que papai a ensinava a controlar o gênio: "Vamos, agora, um sorriso número três. Ah, não, esse ainda foi o número dois.”
E um sorriso número três foi o que minha alma deu, quando soube que, nos letreiros dos ônibus do Rio de Janeiro, “Sugar Loaf” foi devidamente substituído por “Pão de Açúcar”.

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